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Relógios esportivos: smartwatches ajudam nos exercícios?

Relógios inteligentes podem ser um incentivo para uma vida fisicamente mais ativa.

Amanda Milléo
| Atualizado em
8 min. de leitura
Relógios esportivos: smartwatches ajudam nos exercícios?

Relógios esportivos: smartwatches ajudam nos exercícios?

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A sensação é de que todo mundo tem um smartwatch, né? Esses relógios inteligentes são vistos com frequência entre quem se exercita no parque, na academia ou no box de crossfit, e os números confirmam essa percepção. 

Entre 2021 e 2022, o mercado global dos wearables cresceu 13%, segundo dados da Counterpoint Research, empresa que faz análises de mercado. Os profissionais da área também reconhecem que, mais que uma modinha, os smartwatches vieram para ficar.

Na lista das tendências fitness promovida anualmente pelo Colégio norte-americano de Medicina Esportiva, os wearables ocuparam novamente o primeiro lugar em 2022. Isso porque desde 2016, quando os dispositivos entraram na listagem, eles só deixaram o pódio principal em 2018 e 2021 – e mesmo nesses anos não saíram do top 5.

Mas você sabe o que são exatamente essas tecnologias, para o que servem e como ajudam a tornar a vida mais saudável? A gente trouxe as respostas das principais dúvidas.

Wearables, smartwatches, contador de passos: quais tipos existem?

Há uma grande variedade de aparelhos conhecidos como relógios esportivos ou inteligentes que estão disponíveis atualmente. Alguns focam 100% nos dados de saúde, enquanto outros são uma extensão dos smartphones. {Há quem leia as notificações do celular só pelo relógio e pague as contas ao aproximar o aparelho na maquininha, por exemplo}.

Os tipos mais comuns são:

  • Fitness trackers;
  • Contadores de passos;
  • Smartwatches, ou relógios inteligentes;
  • Monitores cardíacos;
  • Dispositivos com GPS.

Embora alguns tenham apenas uma função, como os contadores de passos, outros englobam várias delas, como os fitness trackers e smartwatches. Estes dois, inclusive, são versões bem fáceis de encontrar – e com diferentes modelos disponíveis.  

Planilha de corrida para iniciantes

Fitness trackers: para que servem e como funcionam?

Em geral, os dispositivos mais preocupados com os exercícios são chamados de fitness trackers. São eles que monitoram: 

  • Quantos passos a pessoa caminhou ou correu ao longo do dia; 
  • Frequência cardíaca; 
  • Oximetria (quanto de oxigênio está circulando no sangue); 
  • Temperatura corporal; 
  • Qualidade do sono;
  • Níveis de estresse

Alguns oferecem a lista completa das funções, enquanto outros possuem versões mais simples, que avaliam apenas a quantidade de passos, por exemplo. 

Conectados aos smartphones, esses aparelhos conseguem usar o GPS do celular para acompanhar os trechos de corrida ou de pedalada do usuário. E, com a ajuda de aplicativos, mostram a evolução na distância ou no tempo para cada exercício físico. 

São encontrados, geralmente, no formato de uma pulseira fina, mas há diferentes modelos atualmente disponíveis, inclusive com telas maiores. Outro benefício do aparelho é a duração da bateria. Há modelos que funcionam por dias ou até semanas antes de precisar recarregar. 

Para que serve o smartwatch?

Os smartwatches e os fitness trackers são cada vez mais parecidos, com funcionalidades muito semelhantes. Por exemplo, smartwatches também avaliam a quantidade de passos dados ao longo do dia, além da frequência cardíaca, respiração, temperatura, sono, estresse, etc.

Mas, em geral, os smartwatches vão além dos dados de saúde. Como foram desenvolvidos para expandirem as possibilidades dos smartphones, eles podem ser usados na automatização de eletrodomésticos {controlar a troca de canais na televisão, por exemplo} e são adaptados a diferentes aplicativos, como os streamings de música. 

Mesmo operações bancárias, que antes dependiam de cartões, podem ser feitas diretamente com o relógio inteligente. E, em geral, as telas dos dispositivos são maiores para atender essas diferentes demandas. 

Smartwatches na saúde além dos exercícios

A cada nova atualização, os aparelhos ficam mais sensíveis e os dados colhidos estão sendo avaliados em estudos científicos para confirmar mais uma função: diagnóstico ou acompanhamento de doenças de várias áreas. Uma delas é a cardiologia.

Em uma análise de quase 1.300 estudos, pesquisadores dos Estados Unidos e do Catar perceberam que, com a evolução das tecnologias de sensores, o uso dos wearables na cardiologia pode se tornar comum no futuro, especialmente na avaliação de risco cardiovascular, além de prevenção e diagnóstico. Por enquanto, ainda é preciso que mais estudos sejam feitos para verificar os benefícios e que sejam criadas políticas regulatórias que permitam a integração desses aparelhos.

“Muitos desafios ainda impedem a adoção generalizada dos wearables na prática clínica, inclusive a preocupação com relação à acurácia dos dispositivos, privacidade e custo aos pacientes e como separar os dados dos ruídos”, destacam os pesquisadores em um artigo publicado na revista científica Nature Reviews Cardiology.

Um estudo está sendo conduzido na Universidade de Northwestern, nos EUA. Os pesquisadores querem entender se o uso do Apple Watch (uma das marcas de wearables mais vendidas) poderia prevenir o infarto entre pessoas com fibrilação atrial (distúrbio do ritmo cardíaco), e assim reduzir a necessidade de medicamentos anticoagulantes. Para isso, eles vão acompanhar 5.400 pessoas durante um período de sete anos. 

Smartwatch para treino: ajuda a ser mais saudável?

As possibilidades são várias, mas e no dia a dia? Como os smartwatches, fitness trackers e relógios inteligentes ajudam a tornar a vida mais saudável? 

Antes de tudo, os aparelhos podem ajudar, sim, a manter hábitos mais saudáveis, e um artigo publicado no British Journal of Sports Medicine demonstrou isso. Segundo os autores, o uso dos dispositivos aumentou, em média, 1.850 passos dados por dia em comparação com as pessoas que não utilizavam esse tipo de tecnologia. 

O número é significativo: as evidências científicas indicam que um aumento de 1.700 passos diários está associado a taxas de mortalidade menores, com impacto positivo na qualidade de vida, redução de risco para doenças cardiovasculares e diabetes. Sem falar que o ato de caminhar mais {e manter o movimento durante o trabalho, transporte, lazer e atividades domésticas} é benéfico para combater o sedentarismo. 

Além disso, de acordo com os pesquisadores, o fato de contar cada passo melhora o automonitoramento e o feedback. Afinal, você tem as respostas de quanto caminhou ou quanto o seu coração acelerou de imediato, e isso pode servir como um reforço positivo.

Isso, no entanto, não é sempre benéfico – por isso a importância de usar os dispositivos sob acompanhamento de profissionais de saúde. Em um artigo publicado na revista científica Health and Fitness Journal do Colégio norte-americano de Medicina Esportiva, os autores destacaram que há efeitos negativos que podem surgir com o uso dessas tecnologias, como distúrbios alimentares, baixa autoestima e percepção negativa do próprio corpo. 

Isso pode acontecer porque o acesso aos dados de saúde pode gerar comportamentos obsessivos de foco e controle de calorias ingeridas, além de aumentar constantemente as metas dos exercícios físicos em pessoas com uma predisposição. “Por exemplo, o uso dos aplicativos de exercícios e nutrição pode ser um gatilho ou exacerbar psicopatologias pré-existentes”, explicam.  

“Esses resultados negativos ressaltam a importância dos profissionais de educação física em obterem um histórico de saúde e médico completo (inclusive de saúde mental) de cada cliente antes de ajudá-los a ter comportamentos alimentares e fitness mais saudáveis”, destacam. 

Qual smartwatch escolher? 

Isso vai depender do seu objetivo e do quanto quiser investir. Dispositivos mais simples, que monitoram apenas a contagem de passos, tendem a ser mais baratos que os smartwatches de marcas famosas, como Samsung e Apple.

Um Watch Ultra, por exemplo, que é o mais recente lançamento da Apple, custa cerca de R$ 10 mil. Já o Galaxy Watch 5, da Samsung, tem o valor de R$ 2,4 mil. Ambos têm mais funcionalidades que apenas contar os passos dados no dia, e podem receber diferentes aplicativos. 

Mas, se a ideia é começar com um fitness tracker mais focado nas informações de saúde, há opções mais alinhadas a esse propósito, como o Mi Band da Xiaomi, com valor médio de R$ 170, o SmartBand da Fitbit, que custa cerca de R$ 1,2 mil, ou mesmo o vívoactive, da Garmin, ao preço médio de R$ 1,7 mil.
Vale lembrar que esses valores são referentes a outubro/2022.

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