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20 perguntas para você fazer na consulta com ginecologista

É normal ter secreção? Sabonete íntimo faz mal? Saiba quais perguntas fazer na consulta com ginecologista.

Time da Alice
| Atualizado em
13 min. de leitura
Diversas frutas cortadas no meio e com o miolo exposto

Diversas frutas cortadas no meio e com o miolo exposto

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Para aproveitar bem a consulta com a(o) ginecologista, a primeira pergunta a ser sanada é: afinal, o que faz essa(e) profissional da saúde?

A especialidade médica cuida de tudo que envolve a saúde e a sexualidade de pessoas com sistema reprodutor feminino {que pode estar em mulheres cis ou homens trans}, incluindo útero, ovários, vagina e vulva. Já a(o) obstetra orienta gestantes antes e depois do parto.

Com essas informações na ponta da língua, é hora de se preparar para a consulta.

Filtramos algumas dúvidas fundamentais e convidamos Lisandra Stein, ginecologista e obstetra da Comunidade de Saúde da Alice, e Heloisa Araujo, enfermeira especialista em saúde da família e comunidade da Alice, para respondê-las.

1) Com quantos anos é preciso ir ao ginecologista?

A primeira consulta para uma avaliação ginecológica não precisa ser em uma data específica, sabia? Ela deve acontecer no momento em que a pessoa tiver alguma queixa ou desconforto – seja na puberdade ou mesmo depois. 

Agora, se não houver nenhuma queixa ou demanda neste sentido, a busca pela consulta pode ocorrer quando a pessoa iniciar a vida sexual e/ou se encaixar nos critérios para fazer o exame do Papanicolau.

Vale lembrar que uma consulta ginecológica não precisa, necessariamente, ser feita por um médico ou, ainda, um médico especialista em ginecologia. Outros profissionais de saúde, como enfermeiros ou médicos de família e comunidade também podem fazer essa avaliação e tirar todas as dúvidas, sabia? 

2) De quanto em quanto tempo devo fazer uma nova consulta?

A frequência das consultas ginecológicas podem variar conforme as queixas de cada um. Sempre que houver algum sintoma ou dúvida, é indicado buscar um profissional da saúde para entender melhor o próprio corpo. 

E os exames? A gente explica na sequência.

3) Quais são os exames ginecológicos que preciso fazer e com que frequência?

A ideia de que todos os exames precisam ser feitos todos os anos não é 100% correta, sabia? E isso também vale para os ginecológicos. 

Os mais comuns (e não só os ginecológicos) são: 

  • Exame clínico é feito pelo profissional de saúde e envolve desde a anamnese (que é uma conversa com o paciente para conhecer o histórico de saúde) ao exame físico.
  • Papanicolau, feito após o início da vida sexual com o objetivo de rastrear o câncer do colo do útero. Com dois resultados consecutivos (feitos com um intervalo de um ano entre eles) considerados bons, o seguinte pode ser feito até três anos depois.
  • Exames de sangue podem ser solicitados em alguns momentos específicos, como quando há o desejo de engravidar, para verificar a necessidade de vacinas ou para testar doenças infecciosas. 
  • Mamografia, feita a partir dos 40 ou 50 anos, e a frequência muda conforme o motivo do exame: se for de rotina, para rastrear o câncer de mama, pode ser feito anualmente ou a cada dois anos; se o objetivo for verificar um sintoma, aí pode ser solicitado a cada seis meses ou menos.

4) Como faço o autoexame nos seios?

Chamado também de palpação, o autoexame das mamas ou dos seios pode ser feito pela primeira vez na adolescência, para a pessoa conhecer o próprio corpo e, depois dos 35 ou 40 anos, pensando no rastreio do câncer de mama. 

De acordo com a Febrasgo, a palpação deve ser feita preferencialmente uma vez por mês, depois da menstruação e durante o banho. O movimento indicado é, com o braço do seio levantado, passe os dedos de forma radiada, da axila para a região dos mamilos. Depois, pressionar levemente o mamilo. 

5) Quando devo realizar uma mamografia?

A frequência ideal para se fazer a mamografia vai depender do objetivo do exame:

  • Rastreio do câncer de mama: pode ser feito anualmente ou a cada dois anos, já que as orientações variam conforme as entidades de saúde. 
  • Verificar um sintoma: caso o exame seja indicado para avaliar um nódulo, por exemplo, a frequência pode ser menor: a cada seis meses ou ainda menos, a depender dos resultados.  

6) O hímen pode ser rompido com o dedo {ou outras formas de masturbação vaginal}?

É pouquíssimo provável. O hímen é uma membrana que fica na entrada da vagina e tem um orifício por onde passa a menstruação. A inserção do dedo não tem força para romper a membrana – que, vale ressaltar, tem certa elasticidade. ‍

Apesar de ainda ser considerada um símbolo de virgindade em diversas culturas, ter essa membrana intacta não é sinônimo de ser virgem. Até porque existem diversas formas de sexo que não incluem penetração.

Sem falar que há variedades anatômicas. Algumas pessoas com vagina podem nascer sem o hímen, enquanto outras podem ter o orifício maior. Há até quem tenha hímen complacente, que dificilmente se rompe de uma vez. E nenhum dos casos indica se a pessoa teve ou não relações sexuais.

Cada corpo é um corpo e cada vagina é uma vagina. Por isso a importância de se conhecer {e a masturbação é uma ótima forma de fazer isso}. 

7) Quem é virgem pode usar absorvente interno?

Sim. Como citamos aqui em cima, o hímen é uma membrana fina, próxima à entrada da vagina, e com um orifício que permite a passagem da menstruação. O absorvente interno é colocado por essa passagem.

Tem dúvidas sobre tamanho e como colocar o absorvente interno? Converse com sua equipe médica.

8‍) É normal ter cistos no ovário?

Sim, é normal e comum. Todo mês, durante o ciclo menstrual, os hormônios fazem com que o ovário produza pequenos cistos. Com o estímulo hormonal, um deles cresce e se torna o cisto dominante, que dará origem ao óvulo liberado. 

Existem outros cistos mais complexos que podem precisar de algum tipo de tratamento mais específico. E o profissional da saúde saberá identificá-los.

9) Posso usar sabonete íntimo?

Sim. Se estivermos falando da parte externa (chamada de vulva, formada pelos pequenos e grandes lábios), tanto o sabonete íntimo quanto o comum estão liberados.

Já o uso de sabonete íntimo dentro da vagina pode desequilibrar o pH, aumentando a predisposição a infecções. Isso porque a vagina tem um pH ácido (que varia de 3,8 a 4,2) graças às bactérias que vivem lá, chamadas lactobacilos, e que mantêm o ambiente em equilíbrio. 

Gráfico mostrando o PH vaginal

Importante: usar sabonete íntimo depois do sexo não previne a transmissão de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). Para isso, o recomendado é usar  preservativo externo ou o interno (antes conhecidos por camisinha masculina e feminina).

10) É normal ter secreção vaginal?

Todas as pessoas com vagina têm uma secreção chamada de fisiológica, que é transparente ou levemente esbranquiçada, sem odor, e que não causa nenhum tipo de coceira ou irritação. 

Essa secreção varia ao longo do ciclo menstrual. Geralmente ela é mais fluida na primeira metade do ciclo (entre o fim da menstruação e 14 dias após o início da menstruação) e fica um pouco mais espessa após o 14º dia do ciclo.

Daí a importância de conhecer o próprio corpo. Assim, você saberá dizer quando há mudanças na cor ou no odor da secreção. Se pintou alguma dúvida, procure uma equipe de saúde para te avaliar melhor.

11) Sexo oral transmite ISTs? 

Sim, o sexo oral também pode transmitir infecções. Isso porque, para que haja transmissão de ISTs, é necessário que mucosas (da boca, da vagina ou do pênis) entrem em contato.

Entre as principais infecções que podem ser transmitidas dessa forma estão o HPV (que causa verrugas nos órgãos genitais e boca), a gonorreia (que causa um tipo de corrimento), o herpes (que causa pequenas “bolhas” e ardor) e a sífilis. 

12) Como se proteger das ISTs?

Para evitar a transmissão, o sexo oral deve ser protegido pela camisinha, seja a versão externa ou interna.

Se você estiver com alguma verruga ou ferida na região íntima, procure ajuda de um profissional de saúde e evite relações sexuais. 

13) Como saber se tive um orgasmo?

Em geral, o orgasmo é uma sensação intensa que dura alguns segundos e, em seguida, deixa aquela sensação agradável. 

A forma como ele se manifesta varia bastante de pessoa para pessoa, mas alguns sinais podem indicar o orgasmo na pessoa com vagina:

  • Contração da vagina e do útero;
  • Uma leve cólica;
  • Vagina mais lubrificada;
  • Mamilo endurecido e contração do corpo como um todo

Não existe uma regra. O melhor jeito de saber se você chegou ao orgasmo é conhecendo seu corpo. Para isso, um caminho bastante saudável e eficaz é a masturbação. 

Se você quiser saber mais sobre orgasmo e sexualidade, a ginecologista da Alice Olívia Oléa, bateu um papo sobre o assunto nessa live.

14) O ponto G feminino existe mesmo? Se sim, onde fica?

O {polêmico} ponto G seria uma região localizada na parte anterior da vagina {onde os lábios menores se encontram para “cobrir” o clitóris}, a 2 ou 3 cm de sua entrada. 

Mas sua existência é controversa — pelo menos enquanto estrutura anatômica, ou seja, um ponto específico onde encontram-se as terminações nervosas capazes de levar ao orgasmo vaginal.

Alguns pesquisadores acreditam na sua existência, outros não. Explicamos um pouco mais sobre isso no nosso glossário de termos íntimos

Existindo ou não, algumas pessoas com vagina relatam ter orgasmos mais intensos quando a parede anterior do órgão é estimulada. Já para outras, essa região não é o melhor ponto de estímulo. 

Com ou sem ponto G, o melhor caminho é conhecer seu corpo e os pontos que lhe dão prazer. Teste a estimulação de diferentes lugares — seja voando solo ou com companhia.

15) Qual é o método contraceptivo mais adequado para mim?

Por mais que o assunto dos métodos contraceptivos seja comum na roda de amigos, vale sempre conversar com um profissional da saúde, como o Time de Saúde da Alice, para avaliar qual é o melhor para você. 

Afinal, escolher um método envolve conhecer as opções e, também, o seu próprio corpo. Na prática, o “melhor” ou o “ideal” é aquele que se encaixa no seu estilo de vida. 

Os métodos hormonais, por exemplo, possuem uma série de peculiaridades, bem como indicações e contraindicações que precisam ser avaliadas antes do início. Métodos não hormonais necessitam de orientação ou treinamento e alguns podem não ser indicados — como no caso dos DIUs de cobre em pessoas com algumas malformações uterinas.

Na dúvida, a Alice te ajuda a escolher o melhor método contraceptivo junto com você!

16) Como me prevenir contra a gravidez indesejada?

Se você não tiver o desejo de engravidar (seja por enquanto ou jamais), há vários métodos que podem ser utilizados para prevenir a concepção. 

Há opções hormonais (como os anticoncepcionais orais) e não hormonais (como as camisinhas), e o melhor método vai depender daquele que melhor se encaixar no seu estilo de vida, ok?  

Se precisar de ajuda, a Alice tem um Time de Saúde preparado para tirar todas as suas dúvidas.

17) É normal sentir dor na hora da relação sexual?

Não é normal e vale procurar ajuda caso sinta dor durante a relação sexual, que pode estar associada a fatores emocionais ou físicos.

Entre os fatores físicos, há duas principais condições que podem gerar dor ou incômodo, que são a dispareunia e o vaginismo. As duas fazem parte do Transtorno de Dor Gênito-Pélvica/Penetração (DGPP). 

As causas destas condições podem ser várias, segundo informações da Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia), como:

  • Infecções na região, inclusive no trato urinário;
  • Hipoestrogenismo (redução nos níveis de estrogênio);
  • Lubrificação vaginal inadequada;
  • Prolapso (quando há um enfraquecimento dos músculos, ligamentos e tecidos da pelve, o que faz com que alguns órgãos, como o útero, se projetem para a vagina), entre outras.

18) O que pode melhorar ou piorar a libido?

  • Estresses do dia a dia e fadiga;
  • Remédios, como os usados em tratamentos para depressão e ansiedade;
  • Ganho de peso, que reduz a energia;
  • Mudanças hormonais;
  • Dores durante a relação sexual;
  • Problemas de relacionamento;
  • Traumas físicos ou emocionais.

Estes são alguns dos principais fatores que podem levar a uma piora da libido, de acordo com informações da Mayo Clinic, organização de saúde sem fins lucrativos.

E o que pode ajudar?

  • Ser fisicamente mais ativo e praticar mais exercícios físicos durante a semana, especialmente os exercícios aeróbicos (corrida, caminhada, andar de bicicleta) e de resistência (musculação, pilates);
  • Tirar férias, desligar a mente das preocupações e se dedicar em se distrair e descansar. 
  • Conversar com o(a) parceiro(a) sobre como você está se sentindo, sem necessariamente esperar que a libido melhore espontaneamente a partir disso.
  • Diminuir o estresse, encontrando formas de gerenciá-lo. 
  • Evitar hábitos nocivos, como uso do cigarro, drogas e bebidas alcoólicas, que podem prejudicar a libido. 

19) Como saber se minha menstruação está normal?

Alguns sinais indicam quando a menstruação está normal, sabia? Segundo a Febrasgo, são eles:

  • Tempo: fluxo menstrual com duração de até 8 dias (e com um ciclo menstrual variando entre 24 e 38 dias);
  • Volume: entre 5 e 80 ml. Às vezes pode ser difícil calcular o volume, mas sempre que perceber que usou mais absorventes do que o normal ou que esvaziou o coletor com mais frequência, vale procurar um profissional de saúde;

Se houver algum sangramento que não tenha estas características, é preciso redobrar a atenção, ok?

A entidade destaca ainda outros sinais de alerta para possíveis problemas na menstruação, como:

  • Trocar o absorvente a cada duas horas ou com mais frequência;
  • Usar absorventes internos e externos com alta absorção ao mesmo tempo;
  • Ter uma menstruação que dura mais de 8 dias;
  • Perceber coágulos ou episódios de vazamento, com início repentino de sangramento intenso nas roupas e na roupa de cama;
  • Ter episódios de sangramento após a relação sexual ou dor pélvica;
  • Ter sangramento entre os períodos menstruais. 

20) Faz mal não menstruar?

Se você optar por não menstruar mais, há alguns métodos que podem ser utilizados para isso – e isso não gera nenhum prejuízo para a sua saúde, segundo a Febrasgo

Cólicas muito fortes que atrapalham a rotina ou mesmo sangramentos em grandes quantidades podem ser aliviados com o uso de métodos que cessem a menstruação. 

Para encontrar a melhor opção para você, vale conversar com um profissional de saúde. 

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