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Entenda como aliviar dor no joelho e suas possíveis causas

O ortopedista Mario Ferretti, diretor médico da Alice, explica quais são as principais causas da dor no joelho e como tratá-la.

Time Alice
| Atualizado em
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Homem faz leg press em academia

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Por: Mario Ferretti, ortopedista e traumatologista e diretor médico da Alice.

O joelho é uma articulação de grande movimentação. E, para se mexer tanto, precisa ter uma boa força muscular e estabilidade. 

Essa combinação vem da própria anatomia do joelho, que é composta por:

  • ossos (fêmur, tíbia, patela e fíbula); 
  • cartilagem articular, que reveste a extremidade dos ossos; 
  • meniscos, que contribuem para absorção do choque e para a congruência articular do fêmur e da tíbia; 
  • ligamentos, que dão estabilidade para o joelho;
  • tendões, que permitem com que o joelho se mova junto com a ação das musculaturas extensora e flexora do joelho.  

O que pode causar dor no joelho?

Uma das reclamações mais comuns entre os atletas amadores é a lesão no joelho. A articulação do joelho é complexa. O primeiro passo é entender que toda demanda deve ser acompanhada da melhoria da capacidade funcional. Por isso, a gente precisa de repetição e constância. Fazer exercício, qualquer que seja, uma vez por semana pode não ser suficiente para o nosso corpo entender o que a prática demanda das nossas articulações.

Quando se trata do joelho, é preciso prestar atenção no aumento gradativo de carga que a articulação aguenta para evitar as situações de incômodo ou dor.

A dor no joelho tem diversas causas. Pode estar relacionada à musculatura, ao tendão, ao osso, à cartilagem, ao menisco e à membrana. A mais comum é a dor por demanda excessiva, seja no tendão ou em outra parte. Se você não prepara os seus músculos de outras regiões do corpo, você sobrecarrega o joelho.

Vamos explorar os tipos e as causas de dor no joelho a seguir. Pra começar, ela pode ser de origem traumática ou não traumática. Bora entender as diferenças entre as duas? 

Dor de origem traumática

Os traumas incluem entorses (rupturas ou estiramentos dolorosos de um dos ligamentos), que ocorrem com frequência na prática esportiva – sabe aquela pancada no treino de futebol? –, e também podem surgir de forma direta em quedas ou em acidentes com veículos locomotores. 

Dor de origem não traumática

As causas não traumáticas incluem: 

  • Esforços repetitivos que geram uma sobrecarga no joelho;
  • Alterações no joelho causadas por fraqueza da musculatura ou alterações anatômicas, que fazem com que um pequeno esforço já cause dor; 
  • Degenerações causadas por alterações da idade (como nas osteoartroses) e/ou por alguma inflamação aguda (como nas doenças reumáticas). 
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Como diagnosticar a causa de uma dor no joelho?

Um bom relato do que acontece ou aconteceu com o joelho é o primeiro passo para que um(a) médico(a) possa fazer o diagnóstico. 

Depois, em um exame físico, o(a) médico(a) pode ver o joelho, observar alterações, palpar pontos específicos e realizar testes que complementem a história do(a) paciente e podem confirmar qual estrutura anatômica pode estar alterada e ser a causa da dor. 

Os exames de imagem, como raio-X e ressonância magnética, confirmam as hipóteses diagnósticas levantadas pelo(a) médico(a) a partir da história e do exame físico.

Os principais sinais de alerta para uma lesão

  • Falta de condicionamento físico e preparo; 
  • Má execução técnica de exercícios específicos; 
  • Falta de aquecimento prévio às práticas esportivas; 
  • Cansaço e sobrecarga; 
  • Excesso de peso.

Os principais sintomas de uma lesão no joelho

  • Dor aguda; 
  • Hematomas; 
  • Edemas (inchaço);
  • Prejuízos na mobilidade;
  • Instabilidade;
  • Perda de força e fadiga;
  • Crepitações no joelho (barulho e estalos nas articulações).

Como aliviar a dor no joelho?

As formas de alívio dependem da causa da dor.

Se a causa for traumática e a dor for considerável, costuma-se usar o método PRICE, uma sigla fácil de lembrar e que significa: 

  • P: proteção, ou seja, usar uma imobilização;
  • R: repouso, ou seja, não forçar o joelho com dor;
  • I: ice, ou seja, gelo, com compressas a cada 2 a 3 horas. É preciso colocar uma proteção na pele, como um pano ou uma fralda, para não queimar a pele com o contato direto com o gelo;
  • C: compressão, para que o joelho não sofra um inchaço excessivo;
  • E: elevação, para ajudar no repouso e na diminuição do inchaço.

Esse método completo é indicado para traumas de maior energia (ou impacto). Em traumas de menor energia, recomenda-se apenas o uso de gelo e o repouso relativo {e não o repouso absoluto –é o famoso ‘pega leve’ sem ficar totalmente parado!}.

Para as dores de causas não traumáticas, o gelo também é sempre uma boa opção. 

Em caso de sobrecarga por esforço, o repouso relativo ajuda bastante. Nos casos de sobrecarga por alteração anatômica, o fortalecimento da musculatura sob orientação é fundamental. E nos casos de degeneração, o exercício orientado também é uma boa opção.

Quais os principais medicamentos para dor no joelho?

Os melhores e mais seguros medicamentos para a dor no joelho são os analgésicos simples, como dipirona sódica e paracetamol.

Os anti-inflamatórios aliviam a dor, mas podem causar gastrite ou sobrecarregar os rins, e não devem ser usados por vários dias seguidos.

Os opioides (analgésicos mais fortes) podem causar dependência e não ajudar na dor a longo prazo. Valem ser usados apenas em dores agudas pós-traumáticas ou após cirurgias.

Atenção: os condroprotetores (como colágenos, condroitinas ou glicosaminas) não possuem evidência científica que justifique seu uso.

A importância dos músculos para evitar lesões

Se a musculação está causando dor no joelho, é porque está gerando uma sobrecarga – seja por intensidade ou por frequência dos exercícios. 

Causas comuns dessa sobrecarga na musculação são o agachamento com flexão exagerada do joelho e a mesa extensora com carga excessiva e realizada até a extensão total do joelho. 

Em caso de dor, é recomendável pegar mais leve e fazer exercícios com flexão mais curtos e sob orientação de um(a) preparador(a) físico(a)

Por outro lado, a musculação também pode ser usada como tratamento para a dor no joelho, para o fortalecimento da musculatura – novamente, sob orientação profissional.

A fisioterapia no tratamento de dor no joelho

A fisioterapia pode auxiliar com medidas analgésicas, como gelo e compressão, e também com o uso de alguns dispositivos, como o laser, para casos específicos.

Predominantemente, a fisioterapia deve enxergar desequilíbrios musculares, como a fraqueza de algum grupo muscular da coxa ou do quadril ou retrações musculares, e agir por meio de alongamentos e/ou fortalecimentos conforme o diagnóstico.

Quando uma cirurgia no joelho pode ser necessária?

A cirurgia no joelho se torna necessária:

  • Quando o tratamento conservador de algumas condições não obtém sucesso;
  • Em caso de lesões nos ligamentos que deixam o joelho instável e impossibilitam atividades cotidianas ou a prática esportiva;
  • Em caso de fraturas que possam comprometer a função do joelho ou mesmo provocar uma osteoartrose precoce.

Dicas para manter o seu joelho saudável {a importância do fortalecimento}

A boa notícia é que as lesões podem ser evitadas. Isso é possível com um treino adequado para fortalecer a musculatura do joelho, respeitando os limites individuais. 

Esse treinamento demanda uma constância e uma carga específica, que precisa estar alinhada com a anatomia individual.

É muito importante realizar uma avaliação para entender o que funciona para você, porque dependendo do tipo de fortalecimento, isso pode acabar sobrecarregando o joelho. Alguns fatores devem ser controlados, como amplitude do movimento, carga e intensidade de cada exercício.

Além do fortalecimento, outras rotinas podem ser incorporadas na sua prática esportiva para diminuir as chances de dor e incômodo. Elas passam pela realização de alongamentos e aquecimentos (lembre-se: o aquecimento vem antes do treino, e o alongamento depois), além do uso adequado dos equipamentos, acessórios e calçados, e também por uma alimentação equilibrada e de hidratação adequada.  

Os exercícios de equilíbrio e flexibilidade também ajudam a preparar o seu corpo para as diversas práticas esportivas. E, para facilitar, vamos dividir os exercícios em três tipos:

1. Exercícios que mantêm o tônus muscular da coxa e dos glúteos 

Aqui entram os exercícios fisiológicos que não causem sobrecarga do joelho, mantendo, por exemplo, uma amplitude de movimento mais contida. Evite mudanças abruptas de treinamento e cargas excessivas sem orientação profissional.

2. Exercícios aeróbicos

Alguns exemplos são a prática de bicicleta e de caminhadas que não sobrecarreguem o joelho. Quando esses exercícios são realizados corretamente, eles têm como benefício a diminuição de moléculas inflamatórias presentes no corpo.

3. Exercícios com amplitude de movimento

O exercício é essencial para a nutrição do joelho, sabia? O joelho é uma articulação fechada, sem suprimento sanguíneo. A nutrição da cartilagem (tecido que reveste a extremidade óssea e permite o movimento sem atrito do joelho) é feita através do líquido sinovial, um líquido espesso.

O movimento do joelho promove uma pressão para que o líquido sinovial penetre nos poros da cartilagem e possa nutri-la.  Por isso, sem movimento não há nutrição, e aí a degeneração da cartilagem pode ocorrer. 

Qual a diferença entre alongamento e aquecimento?

Alongamento e aquecimento são coisas distintas. O ideal é você aquecer previamente a uma prática esportiva, não alongar. 

O aquecimento serve para elevar a temperatura e preparar a musculatura para sobrecarga que você vai gerar durante determinado exercício, por isso é importante aquecer com exercícios que façam sentido para as articulações que você vai trabalhar.

“Existem alongamentos ativos e passivos. Eles servem para aumentar a nossa flexibilidade tanto pros gestos do dia a dia quanto para o esporte. Podem ser feitos em momentos diferentes do treino. Por exemplo, alongar em dias alternados aos dias de corrida, alongar membro superior em dia de treino de membro inferior. Isso evita a concorrência entre as musculaturas e a sobrecarga”, explica o preparador físico Caio Komino, da Alice.

E lembre-se: o alongamento pode até ser feito após a prática de exercício, mas mais com um caráter de relaxamento do que com o objetivo de aumentar a flexibilidade.

https://youtu.be/xDCMp49Npg4

Como se preparar para a prática de um novo esporte

O primeiro passo é conversar com o Time de Saúde ou um profissional de sua confiança para entender o que cada esporte demanda do seu corpo e entender qual a transferência de carga que a prática vai te exigir. 

Vai experimentar o kitesurf? Maravilha! Mas, antes de você começar, que tal fazer duas a três semanas de preparo para que você comece o esporte de forma segura? 

Experimentou o kitesurf e gostou? Quer incluir na sua rotina? Fale com o profissional para que ele ajuste a sua demanda. 

O treino precisa ser individual e responder às demandas e os estímulos que você precisa. Uma coisa é um treino para uma pessoa fazer kite, jogar futebol, remar de caiaque; outra coisa é apenas para ter uma rotina mais saudável. 

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